Afinal há mesmo corrupção na arbitragem nacional. Quem o assume é o ex-árbitro internacional Jorge Coroado. As revelações foram passadas para o papel, num livro, “O Último Cartão”, que hoje é posto à venda. Histórias de mais de 25 anos de carreira são pretexto para, em mais de 200 páginas, Coroado revelar tentativas de coacção e corrupção, troca de favores e cunhas, exemplificar a pressão exercida pelos dirigentes dos clubes e das “malandrices” da própria arbitragem.E alguns dos exemplos são bem conhecidos da história recente do futebol português, como os famigerados casos da azia ou Cannigia. Mas o antigo internacional vai mais longe e não se coíbe de revelar a sua opinião sobre diversas personalidades do futebol português, entre elas Valentim Loureiro – a quem chama de “chico-esperto” –, Pinto da Costa – que diz ser “simplesmente intratável” na defesa do FC Porto – ou sobre o ex-colega Marçal, que cataloga de oportunista.Para lá dos bastidores do futebol, Coroado recorda, por exemplo, os seus primeiros honorários como árbitro de primeira categoria, em 1986: 9.835 escudos (cerca de 50 euros), 4.500 de prémio de jogo e o restante foi o que sobrou dos 25.087 escudos pagos pela FPF para despesas de deslocação, alojamento e alimentação...Texto de Céu Freitasin "Record"
Jorge Coroado: «Pinto da Costa é intratável»
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Carlos Sousa
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março 30, 2006
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