Scolari finalmente...

Mais do que a qualidade dos nossos jogadores, o principal problema da selecção portuguesa, sempre foi não saber quando deixar partir todos aqueles, que apesar do seu enorme esforço e orgulho, já não conseguem dar ao jogo, aquilo que se esperaria deles.

Foi assim na Coreia, com os resultados que se conhecem, e infelizmente para todos nós, estava a repetir-se, agora, na ponta final da era Scolari. A união de um grupo, e o sentimento de amizade, são sem dúvida alguma, fulcrais, na constituição de uma equipa forte, capazes, até, de se substituir a alguma qualidade individual, mas parte dessa mesma união, é conseguida, também, com a noção de justiça, e valor individual.

Ao defender o grupo, contra tudo e todos, Scolari estava, por isso, a esquecer-se de um ponto fundamental na gestão de uma equipa. Continuar a apostar, em jogadores, com claras dificuldades físicas, e até de motivação (Costinha, Maniche), não estava a solidificar o grupo, pelo contrário, estava a enfraquecê-lo, quer pela ausência de rendimento pessoal dos jogadores, quer pela acção "fracturante", e de sensação de injustiça, que todos os outros sentiam , convocados, ou não.

Felizmente, o seleccionador nacional, parece ter percebido a tempo, que os resultados e as boas exibições, também são factor chave, no desabrochar de um espírito forte e de conquista. A força de uma equipa, reside, sempre, na experiência dos seus jogadores, no talento e motivação, dos que pela sua qualidade e dedicação merecem uma oportunidade (Quaresma, Moutinho), no apoio dos seus adeptos e numa base sólida, que deve ser construída em torno de um treinador, com personalidade e protector dos seus jogadores.

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