Revista TABU - Os Tiros de Pinto da Costa (4.ª parte)

(… continuação...ainda a história de vida do líder portista.)

(…) Ainda hoje, quando se recorda, fica na mão dos sentimentos mais desordenados: «Maldito o dia em que lá entrei, ás vezes os amigos levam-nos para estas coisas».
Carolina lança os seus 23 anos ao ritmo de “Brand New Day”, cancão de Sting. Os predadores masculinos miram-na de alto a baixo. De repente, o olhar da dançarina prende-se ao de Jorge Nuno. As pernas tremem-lhe, as lágrimas assomam aos olhos da donzela que escapa da pista: «Fui chorar para a casa de banho, senti tanta vergonha por aquele homem que eu idolatrava me ter visto naquele sítio». Maquilhagem retocada, regressa à sala, onde Reinaldo Teles, um habitué, os apresenta: «Esta menina é a Carolina e quer pedir-lhe um autógrafo.».
Conversa para aqui e para acolá, já está sentada na mesa do presidente.
Jorge Nuno, caso e fresco, esgueira-se de Filomena e da vida familiar: «Se o coração não for um bocadinho leviano, não serve para nada». Dia sim, dia não, presta-lhe vassalagem na boîte. Ela, uma espécie de psicóloga, como gosta de se apelidar, dá-lhe exclusividade: «Só estava ali para ganhar dinheiro com o que os clientes bebiam, ouvia-os e até lhes dava bons conselhos: salvei muitos divórcios».
A rapariga passa a andar nas nuvens de Jorge Nuno. Trocam as biografias, que nestes momentos melhoram bastante com umas páginas carregadas de drama. «Tinha uma vida muito triste, o homem com quem vivera e de quem tinha dois filhos abandonara-a. Ela só estava ali para poder pagar o colégio dos meninos», diz Pinto da Costa. (…)

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