Recrutamento no berço?

Pelo andar da carruagem qualquer dia os clubes mais poderosos vão recrutar os seus futuros craques nas unidades de neonatologia. Desconfio que os olheiros sonham com a descoberta de um teste/aparelho que logo à nascença, senão mesmo no útero da partureante, dê indicações quanto às possiveis capacidades futebolísticas do novo ser (Jogará bem de cabeça? Terá leitura táctica? Será forte fisicamente e psicologicamente?...).
Obviamente, estou a empolar um pouco a questão, mas faço-o com um propósito, alertar a sociedade para o que já se passa com a contratação de crianças, repito crianças!!! Fiquei preplexo com a notícia do interesse de clubes espanhóis (Real, Barçelona e Espanhol) num jovem de apenas 11 anos. O rapaz chama-se Prénommé Laureano, é argentino e joga no Pozzo Del Molle. O menino em 75 jogos oficiais apontou 160 golos. De facto parece que o jovem tem futuro no mundo da bola, pelo menos tem «faro de goleador».
Estas situações carecem de regulamentação séria e responsável por parte dos responsáveis pelo futebol mundial. Todos nós sabemos como é fácil aliciar um menino e os seus pais, especialmemte quando estes vivem em países pobres. O risco pode ser grande, até porque o sucesso não está garantido. Quantas promessas do futebol não se ficam por isso mesmo, ou seja, por promessas que nunca se concretizam. Há qua salvaguardar estes jovens que denotam talento no tratamento da, como diria o saudoso Jorge Perestrelo, rapaqueca! (espero que se escreva desta forma)

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