A selecção é o elo de ligação

(Foto: Paulo Duarte/AP)
A comunidade portuguesa, espalhada pelo mundo, é numerosa, poder-se-ão contabilizar uns largos milhões de indivíduos. Os emigrantes há muito tempo que vêm cortando o cordão umbilical que eventualmente os poderia manter ligados à pátria.
A última tesourada foi dada pelo governo, autoritário e com laivos ditatoriais, do engenheiro (???) Sócrates ao anunciar a extinção de alguns postos consulares que serviam de suporte à comunidade portuguesa, nos mais diversos locais do mundo.
Os jovens, descendentes de portugueses, que residem noutros países já não observam Portugal através das lentes utilizadas pelos progenitores. Os seus objectivos e interesses são bastante distintos. O mês de Agosto já não serve apenas para visitar a «terra», muitos são os que optam por outros destinos ou nem sequer cá põem os pés.
A clivagem aumenta constantemente e talvez irreversivelmente. Por isso rio-me de cada vez que ouço os governantes apregoarem o incremento da língua portuguesa no mundo, bem como a necessidade de uma aproximação com as comunidades de expressão portuguesa. São apenas fait divers à guisa de areia atirada para os olhos do povo.
Digo com convicção que, hodiernamente, a selecção é o maior, senão mesmo o único elo de ligação da comunidade portuguesa residente no estrangeiro com a nação lusa.
Com a aproximação das férias da Páscoa, ainda há alguns emigrantes, cada vez menos, que aproveitam para visitar o país e os familiares. Será que alguns vieram enganados para o ALLGARVE??? Alguém mais distraído poderá pensar que se deu uma desanexação. Cada tiro seu melro... Esta ideia para promoção do Algarve é fantástica!!! Voltando à selecção, podemos ver a forma orgulhosa como os nossos emigrantes envergam as camisolas da selecção nacional com os nomes do Quaresma, Figo, Ronaldo, Simão… De facto, o futebol, e mais especificamente a selecção de todos nós, é cada vez mais a marca registada de um país que está entregue aos tubarões.

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