As claques estão a ser diabolizadas

Ultimamente as claques de futebol têm sido diabolizadas. Todos lhes apontam o dedo, acusando-as de serem responsáveis por actos intoleráveis. Sabemos que alguns dos seus membros não são flores que se possam cheirar, sob o risco de overdose compulsiva de mau génio, mau carácter, indelicadeza... Contudo, não me parece justo responsabilizá-las por tudo aquilo que de mal se passa nos recintos desportivos. Paralelamente, existem pessoas pouco ou nada interessadas em futebol que mexem os seus cordelinhos para levarem os seus objectivos a bom porto. A conivência dos responsáveis dos clubes e, por vezes das forças policiais e da justiça é que é criticável.
Tem que haver vontade e coragem para identificar os elementos causadores de perturbação e proceder com esses indivíduos de acordo com a lei. Se são violadores da lei devem ser penalizados por isso. Não podem estes infractores manterem-se impunes sob um véu de uma claque de futebol, até porque contribuem de forma decisiva para a sua má reputação.
Os adeptos de futebol devem também exercer uma cidadania activa em prol da modalidade. Exemplo dado, e que enalteço agora, pelos adeptos do Sporting no último jogo da equipa a contar para a Taça de Portugal. Quando a claque leonina resolveu entoar cânticos contra o clube rival da 2.ª Circular, os restantes simpatizantes vaiaram a atitude. Logicamente, os cânticos voltaram a ser de apoio à sua equipa, como eu julgo que deve ser.
O insulto gratuito nunca dará bons frutos.
Hoje o Jornal de Notícias dá uma notícia que de notícia pouco ou nada tem: «A PSP detectou ligações directas entre a extrema-direita neonazi e as claques de futebol». Há muito tempo que se conhecem estas ligações perigosas. O que tem sido feito? Nada. Foi necessário surgir a organização de um envento de extrema direita para fazer despertar consciências. São estes fenómenos que têm que ser abordados e aniquilados no mundo do futebol.

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