Clube de futebol de Viseu envolvido em polémica

Por vezes, os homens parecem desenhos animados. Viriato, grande guerreiro do imaginário nacional, deve andar aos tombos na sepultura. O principal clube da cidade, o CAF (Clube Académico de Futebol) faliu e encerrou as suas actividades, no que concerne ao futebol profissional. Contudo, houve gente interessada e empenhada na reabilitação de um emblema forte para a região. Um novo clube (???) milita agora na distrital. No entanto, os jogadores e dirigentes parecem impedernidos de alguns tiques aristocráticos e típicos de um novo-riquismo reinante e repugnante. A falta de plavra dos dirigentes desportivos não é novidade para ninguém, mas estou certo que contribui em grande medida para a descredibilização das instituições.
O sr.º Manuel Rodrigues enviou-me um texto que pretende dar a conhecer a realidade de um clube local e dos seus responsáveis que denotam, no mínimo, alguma falta de coerência. Cá vai:

«Estou a escrever pois vivenciei uma situação bastante caricata que define os actuais dirigentes do novo Académico.Acerca de dois meses atrás, o Académico e os seus dirigentes, na pessoa do Sr. Delfim, foram informados de que uma Associação Portuguesa em Paris teria muito gosto em que o clube de futebol viseense estivesse presente nas festas locais, pois a comunidade portuguesa na região é bastante grande e seria de bom agrado para todos os nossos emigrantes verem o "Clube Académico de Futebol", nome associado à presença na 1.ª e 2.ª ligas do futebol nacional, juntamente com o Rancho Folclórico de Ferreira d' Aves.
Este mesmo Sr. Delfim prontificou-se de imediato, inclusivamente a levar o autocarro do clube, sendo a Associação Parisiense a pagar as despesas. Dias depois, telefonou-me a dizer que o autocarro do Académico não estava nas melhores condições e que não podia servir de transporte para a equipa. De Paris, veio a informação de que podiam alugar um autocarro pois fariam face às despesas, tal como com hotel para todos os jogadores e dirigentes.
Ficou tudo confirmado. Passados alguns dias, o Sr. Delfim e o Sr. Monteiro telefonaram-me a dizer que já não podiam ir pois teriam que adiar um jogo. Adiar o jogo não foi problema, pois o Académico decidiu adiá-lo por outros motivos.
Ligando novamente para França, já que todos os folhetos informativos feitos e espalhados pelas comunidades portuguesas dos arredores, pois neste tipo de festa chegam a juntar-se milhares de portugueses, disseram que os jogadores e dirigentes do clube da "distrital" da Associação de Viseu podiam ir de autocarro para o Porto, apanhavam um avião para Paris, jantavam e dormiam no hotel. De manhã tomavam o pequeno-almoço, almoçavam, faziam um jogo e regressavam de avião ao Porto e de autocarro para Viseu.
Com tudo pago, o Sr. Delfim e o Sr. Monteiro aceitaram, chegando inclusive a ir à agência de viagens Beira Universo em Viseu para tratar dos bilhetes.
Esta semana, a quinze dias do evento, com hotel marcado, folhetos entregues, e com a equipa de futebol adversária convidada, os dirigentes do Académico decidiram não ir, pois um dos patrocinadores sem qualquer razão aparente decidiu não deixar ir um Clube, representando a cidade de Viseu e promover a confraternização com nossos emigrantes em Paris.
Deixo aqui o meu nome e o meu contacto para qualquer dúvida pois gostaria de dar a conhecer esta situação em Portugal, uma vez que em França ela já é bastante badalada».
Manuel Rodrigues
934265170

7 comentários:

  1. Viseu e os viseenses têm o clube que merecem. quanto aos dirigentes é o que se pode arranjar, quando não há € não aparecem artistas

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  2. Que vergonha!!!!!!

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  3. Mais um caso vergonhoso, desta feita em Viseu, uma cidade do interior que já teve boas equipas, mas os seus dirigentes fizeram o favor de as destruir e desacreditar a instituição.

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  4. Numa história há sempre duas versões e aqui só está uma das versões.

    Era, é, absolutamente estúpido nesta altura da época alguém pensar que o Académico se podia deslocar até França. Seria uma boa ideia mas só no fim da época.

    Com tudo o que acontece neste país no que a futebol diz respeito e não só, considerar isto uma vergonha é ridículo.

    Saudações academistas.

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  5. Qual é a outra versão?

    Porque aceitaram a proposta?

    Poderiam ter dito logo que não seria possível, fruto da calendarização, ou não?

    Parece-me que o problema não está em aceitar o convite ou não, mas sim no facto de haver uma notória falta de palavra.

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  6. Sugiro que envie aos responsáveis pelo blog a sua versão dos acontecimentos. Certamente, haverá direito ao contraditório.
    Digo eu...

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  7. è verdade, podia ter sido dito logo `aprtida que não é possível ir a França.Depois de tudo agendado e acertado parece-me de muito mau tom dar o dito pelo não dito.
    À portuga.

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