A selecção e os jogadores naturalizados

Sempre que um qualquer jogador estrangeiro, a jogar em Portugal, deixa ficar no ar, a ideia de que gostaria de alinhar pela Selecção Nacional Portuguesa, o debate sobre a naturalização de jogadores vem à baila, sempre de forma acesa, mas desprovida de senso.

Desta vez, é Pepe, jogador brasileiro do Futebol Clube do Porto, quem vem reacender a polémica, quando afirma que um dia gostaria de jogar pela selecção das quinas, a fazer lembrar Deco, também brasileiro, cujo processo de naturalização tanta tinta fez correr.

Mantenho a minha opinião, a mesma que já tive antes…O futebol, é um desporto de paixões, e parte dessa paixão advém da rivalidade, saudável espera-se, mas rivalidade. Aquela que existe nos clássicos nacionais, nos grandes embates internacionais entre clubes, e claro, nos jogos que opõem dois países diferentes.

Espera-se, sempre, que os resultados sejam fruto da verdade desportiva, e esta, é sempre defendida, se os seus intervenientes, forem os esperados e agirem da forma esperada.

Não estamos aqui a debater questões relacionadas com xenofobismo, ou radicalismo nacionalista, trata-se pura e simplesmente de não contornar as regras, para obter um esperado proveito. Se nas competições por clubes, se espera que ganhe a melhor equipa, ou a que apresenta melhores argumentos, mesmo que diferenciadas por diferentes condicionantes, principalmente o poderio financeiro, nas competições por países, espera-se que joguem os naturais desse mesmo país.

Naturalizar um jogador, para obter um qualquer proveito desportivo, não é mais do que falsear as regras do jogo. Se não conseguirmos ir mais longe, porque não temos um Pepe, ou um Deco, jogadores fantásticos, e de que todos os portugueses se podem orgulhar, pelo contributo que trouxeram ao futebol nacional, paciência. Da selecção nacional, só devemos exigir, o melhor do que os seleccionados possam dar. Se deixarem todo o seu suor em campo, já nos devemos orgulhar deles.

O pouco que ainda resta de um identidade própria do futebol, já só é defendido , pelas diferentes selecções nacionais. Se até isso for alterado, de que serve ter uma selecção nacional? Para que o futebol ,continue a ser o que é, a verdade desportiva deve ser mantida sobre todas as outras condicionantes, caso contrário, a chama vai progressivamente desaparecendo.

2 comentários:

  1. Grande artigo!
    Concordo integralmente com a exposição feita e os argumentos apresntados.
    Cada um deve colocar no assador a carne que tem...

    ResponderEliminar
  2. Bem observado.
    Concordo que a selecção nacional deve ser composta na totalidade por craques (ou não) nascidos em território nacional. Bem já temos o Deco. No entanto, parece-me que este não será o caminho a seguir.
    Depois deixa de haver espaço para jogadores como o Mágico Ricardo Quaresma! É português e é muito bom!!!!
    O que é nacional é bom!!!!

    ResponderEliminar

Com tecnologia do Blogger.