Vídeo- Entrevista de José Veiga

A polémica está lançada. José Veiga lança farpas aos dirigentes leoninos que respondem na mesma moeda. Quem terá razão nesta questão? O futuro trará, com certeza, novidades deliciosas e interessantes para os apaixonados pelo futebol português.
Para quem não teve oportunidade de ver e ouvir a entrevista de Veiga, aqui fica um vídeo "esclarecedor"...

3 comentários:

  1. "A investigação da transferência de João Pinto para o Sporting começou com uma carta anónima que chegou à PJ em 2003. José Veiga é suspeito de ter desviado 4,2 milhões de euros que se destinavam ao jogador.
    José Veiga era empresário de João Pinto quando o jogador assinou, a custo zero, um contrato de quatro anos com o Sporting. De acordo com uma fonte do processo, Veiga terá dito ao Sporting que, para além do salário e dos prémios de jogo, “o jogador exigia 4,2 milhões de euros de prémio de assinatura”. O Sporting concordou e o dinheiro foi pago através de uma «off-shore» das ilhas virgens britânicas, a Good Stone. “O dinheiro nunca terá chegado às mãos de João Pinto”, explica a mesma fonte ao EXPRESSO.
    Três anos depois, em 2003, uma carta anónima chegou às instalações da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira da PJ, “a relatar com detalhe todos os pormenores da transferência”. A investigação arrastou-se por causa de uma carta rogatória a solicitar informação às autoridades britânicas. “Principalmente, documentação bancária onde ficou registado o rasto do dinheiro”.
    João Vieira Pinto e os responsáveis do Sporting na altura da transferência foram ouvidos e confirmaram, o teor da carta anónima: “O Sporting pagou os 4,2 milhões que o jogador afirma não ter recebido”.
    500 mil euros de caução
    José Veiga foi detido hoje de manhã na casa onde mora, em Cascais, e indiciado pelos crimes de burla agravada e fraude fiscal, já que o dinheiro não foi declarado às finanças.
    O juiz de instrução criminal decidiu que Veiga vai aguardar o desenrolar da investigação em liberdade, mediante termo de identidade e residência e o pagamento de uma caução de 500 mil euros.
    “O que me acusam desminto completamente, é uma situação que nada tem a ver comigo. Não recebi qualquer verba. Se o Sporting transferiu alguma verba para alguma empresa vai ter que dizer para que empresa é que foi. Para a minha não foi de certeza absoluta”, declarou, tranquilo, à saída do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
    Veiga garantiu que não participou na transferência de João Pinto para o Sporting, como empresário, “que ele nunca precisou”, mas sim como “amigo do jogador e da família”.
    O ex-empresário desmentiu os factos que lhe são imputados e disse que vai pedir o levantamento do sigilo bancário de todas as suas contas para que as autoridades investiguem."
    In Expresso

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  2. Duque diz saber a quem pagou


    O ex-presidente da SAD do Sporting, Luís Duque, negou, ontem, quaisquer irregularidades na transferência de João Pinto para o clube de Alvalade, em 2000, e garantiu que a operação financeira ficou auditada nas contas do SAD, assim como os pagamentos, quer na contratação do avançado, quer na aquisição de outros jogadores.

    "O Sporting possui, na sua contabilidade, documentos de suporte a todas as contratações. Sabe-se o que se paga e a quem se paga", afirmou o ex-dirigente leonino, responsável pelas contratação de João Pinto, entre outros atletas, durante pouco mais de um ano, enquanto presidente da SAD, numa altura em que o emblema leonino era presidido por José Roquette.

    Luís Duque assegurou, ainda, que o "Sporting não pagou, nem a "off-shores", nem a contas não identificadas".

    O ex-dirigente confirmou as declarações prestadas à Polícia Judiciária (PJ), a quem prestou todos os esclarecimentos.

    Luís Duque considera o assunto encerrado, mas desafia a abertura de uma investigação, caso "haja alguma dúvida no ar que mereça ser esclarecida". E garante que ficará atento ao processo.

    Quanto a José Veiga, Luís Duque afirmou que o ex-empresário "tem o direito a defender-se, mas não a fazer insinuações".


    In JOrnal de Notícias

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  3. Sporting tem facturas dos pagamentos a Veiga pela transferência
    João Pinto: Sporting ainda tem 850 mil euros que ninguém reclamou
    22.11.2006 - 08h35 António Arnaldo Mesquita, Paulo Curado, Tânia Laranjo



    O Sporting entregou à Polícia Judiciária todos os documentos que demonstram que José Veiga foi o destinatário da verba adicional paga pelo clube no quadro da transferência de João Vieira Pinto.

    O Sporting forneceu também às autoridades a documentação existente nas contas da SAD que justifica aquele pagamento como sendo uma "comissão de transferência" ao jogador, além de outros documentos atestando que já haviam feito pagamentos a Veiga para a empresa a que este estava ligado, localizada numa zona franca do Reino Unido.
    Também Jorge Baidek, o ex-funcionário da Superfute que acompanhou o negócio de João Pinto, disse ao PÚBLICO que o empresário do jogador era efectivamente José Veiga. "O Veiga era o intermediário. Foi ele que tratou de tudo. Mas o João Pinto acompanhou todos os passos decisivos da negociação", assegurou.

    Os dirigentes do clube, por seu turno, sustentam que essa verba (cerca de 3,3 milhões de euros) foi uma exigência de José Veiga e que pensavam ser o reclamado pelo jogador pela cedência dos direitos de imagem ao clube de Alvalade. Acrescido, naturalmente, dos seis milhões e meio de euros que constavam no contrato de quatro épocas que João Pinto assinara com o Sporting.

    Foi com base nessa informação e depois de ter recolhido o depoimento de João Pinto - o jogador alegou desconhecer a existência da verba e garantiu nunca a ter exigido ao Sporting - que a Polícia Judiciária admitiu a existência do crime de burla. A lesada seria então a SAD de Alvalade que teria sido induzida em erro pelo ex-empresário, pagando mais do que o jogador exigia.

    Entretanto, continua na posse do Sporting a última prestação da verba acordada para a contratação do jogador (referente aos direitos de imagem), que nunca foi solicitada para pagamento nem por José Veiga nem pelo jogador. São cerca de 850 mil euros que deveriam ter sido pagos já em 2004, mas que nunca foram reivindicados pelo ex-dirigente do Benfica ao contrário das prestações anteriores. Segundo o PÚBLICO apurou, os responsáveis do Sporting só emitiriam a ordem de pagamento mediante a entrega de um recibo e este não chegou a dar entrada em Alvalade, por razões desconhecidas.

    Como recebeu apenas dois recibos de José Veiga, a última prestação nunca foi debitada nas contas da SAD. O primeiro dos quatro pagamentos, em dólares americanos, terá sido feito por cheque, levantado nas instalações da SAD.

    Veiga desafia Alvalade

    José Veiga voltou ontem às televisões, desta feita ao Jornal da Tarde da RTP, e endureceu as ameaças ao Sporting. Disse que daria apenas uns dias ao clube para explicar o que se passara, caso contrário teria de contar tudo o que sabia. "Digam a verdade. Se não o fizerem terei de ser obrigado a dizer certas e determinadas coisas", avisou.

    José Veiga reiterou ainda que os dirigentes leoninos sabiam quem levantara o dinheiro e que estavam propositadamente a "mentir". "Mentiram nas declarações que prestaram à PJ", garantiu, recusando-se a adiantar quais os factos que conhecia e que deliberadamente omitira nas suas aparições públicas.

    Entretanto, este caso está longe de estar cabalmente esclarecido. Falta perceber exactamente o papel de João Vieira Pinto em todo o negócio. Afinal, os pagamentos haviam sido dilatados no tempo, sendo feitos enquanto o jogador representava o clube leonino. O que deixa dúvidas quanto à possibilidade daquele nunca se ter apercebido da existência das verbas alegadamente cobradas por Veiga.

    Falta também esclarecer exactamente o papel do sócio maioritário da Superfute no negócio. José Veiga assegura que não actuou na qualidade de empresário, enquanto a SAD do Sporting afirma o contrário. Jorge Baidek foi na altura o funcionário da Superfute que interveio nas negociações, mas conforme o próprio confirma agiu em nome de Veiga.

    O PÚBLICO tentou ontem contactar José Veiga e também o advogado do Sporting, Rui Patrício. Enquanto o primeiro se manteve incontactável, o segundo recusou-se prestar qualquer esclarecimento.

    In Público

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