"O documento em causa foi de facto proposto ao jogador e ao seu empresário como forma de liquidação dos direitos desportivos, a título de prémio de assinatura.

2. Uma vez assinada a minuta do Contrato por dois administradores, o jogador e o seu empresário informaram a Sporting, SAD de que a titular dos direitos desportivos do jogador João Pinto era a sociedade de direito inglês Goodstone Limited, representada pelo Senhor José Veiga e que seria esta a emitir a factura respectiva conforme é já público."

Questões: Se o jogador confirma que recebeu o dinheiro e o Sporting que o realmente o pagou, onde é que está a burla de José Veiga?

Se o contrato foi, como diz o Sporting em comunicado, destituído de validade, então terá o Sporting baseado o pagamento de 800 mil contos, num acordo verbal?

Se este contrato, existia porque não foi imediatamente dado a conhecer pela Sad Sportinguista, aquando da sua conferência de imprensa?

Miguel Sousa Tavares (MST), é um perfeito pateta. Nos últimos dias tem debitado asneiras, atrás de asneiras, para justificar, a si próprio, e a quem o lê, aquilo que a sua inteligência, (sim…pode-se ser um perfeito pateta, e em simultâneo um homem inteligente), faz questão de lhe dizer - que muito provavelmente, as acusações de Carolina Salgado, movidas ou não, por um desejo vingativo, não devem ser assim tão desfasadas da realidade, quanto ele desejaria.

Ainda por cima, concordando ou não com o que vem escrito no “Eu Carolina”, e considerando ou não, que não passa de literatura de má qualidade, MST, não deveria optar por uma linguagem brejeira, que em muito não se distingue do tipo de linguagem que ele tanto critica.Vejamos alguns exemplos, retirados das suas crónicas de opinião:

“…para começar, aquilo não é um livro, é um pedaço de papel higiénico que, depois de usado, seguiu para uma tipografia e encontrou uma editora disposta a chafurdar na lixeira.”

“Ela não tem culpa de vir de onde veio,tem culpa, sim, de ser como é.”

“Em breve se tornará cansativa, inútil e desagradável à vista. E, então, regressará de onde veio.”

Alem de ser uma escrita, recheada de “brejeirices”, ainda opta por atacar constantemente a senhora em causa, referindo-se quase obsessivamente às origens da pessoa em causa.

Já no que diz respeito ás acusações graves presentes no livro em questão, MST, faz vista grossa, preferindo ignorar, ou desviar a atenção do verdadeiro motivo pelo qual o que vem escrito, deve ser levado em conta.

Afinal, não está ele também a optar por uma linguagem brejeira e de ataque pessoal? Quem é ele para criticar, então, este tipo de escrita…

O futebol, vive, sem dúvida alguma, com leis e condicionamentos muito próprios, que em nada se coadunam, com um estado de direito democrático.

Semana após semana, os cantos obscuros que envolvem este mundinho muito próprio, deixam escapar, os seus podres mais escondidos, os quais por sua vez, nos vão mostrando até que ponto, o jogo de influências, a corrupção ou o simples compadrio, ainda perduram num país que se diz primeiro mundista.

O polémico livro de Carolina Salgado, traz novamente a lume uma das questões que considero mais importantes - A constante quebra do segredo de justiça – É verdade que este não é um problema de pertença exclusiva ao futebol, (relembremos por exemplo o caso Felgueiras), mas é declaradamente, um importante factor que vai de forma progressiva minando a confiança do cidadão na justiça. As constantes fugas de informação, perpetradas por elementos que vão desde agentes judiciários, a funcionários judiciais, são simplesmente inadmissíveis e incompreensíveis nos dias que correm, e cabe a quem de direito, levar a cabo uma profunda e minuciosa investigação, com vista a terminar de vez, com a lei do mais poderoso, ou melhor, para o poderoso…

Mas a obscuridade não termina por aqui. A constante – Fuga ao Fisco – levada a cabo pelos agentes desportivos, é de conhecimento comum, mas de consequências nulas. De contratos paralelos, a salários declarados pela metade, a transferências que passam necessariamente pelo já nosso velho conhecido, offshore, tudo serve para camuflar, as ilegalidades praticadas por clubes e jogadores. Depois, temos ainda, os habituais desvios financeiros nas transferências de jogadores entre clubes, e de que são exemplo casos sob investigação, como o de Mantorras, ou de João Vieira Pinto.

Felizmente, quer pela voz particular de uns, quer pela mão pesada, mas muito lenta e meio cega da justiça, estas acções, passam cada vez menos em claro. Assim o exigem, todos os que gostam do futebol pelo que é, e não pelo que se tornou.

(...) "Fernado Póvoas tenta em vão aconselhar o amigo (Pinto da Costa) para que lhe dê compostura (a Carolina). Recorda:

«Ela só criava problemas, destruía tudo por onde passava, era capaz de chegar aqui e roubar a garrafa de vinho, fazia coisas que já não ficavam bem para a idade dela. Mas com ele não há nada a fazer: quando se apaixona fica fixado 24 horas por dia. Ria-se de todas as maluquices dela». (...)

«É o homem mais bem informado do país. Nem precisa de sair do gabinete. Sabe as casas e os ordenados dos adversários, quando um jogador europeu está para se mudar, as ofertas de salário, o contacto...» (...)

«Jorge Nuno não tem a nada a ver com Pinto da Costa. Publicamente, vende uma imagem de incendiário e troglodita; na intimidade é humilde, divertido e tem uma faceta que poucos conhecem: é extremamente devoto aos pobres».